A Tivit registrou pedido com a Comissão de Valores Mobiliários para ter a opção de abrir as suas ações na Bovespa até o final de 2018 ou no começo de 2019.
Caso aconteça, a movimentação marcaria uma volta da Tivit para a bolsa, depois de que o fundo britânico Apax comprou o controle do negócio e tirou os papéis do mercado em 2010, um ano depois da primeira abertura.
A informação sobre o procedimento de reabertura é da Computerworld, que entrevistou Carlos Gazaffi, novo presidente executivo da empresa. O ex-CCO e VP de TI da Tivit foi promovido em agosto, em uma movimentação revelada com exclusividade pelo Baguete.
“Ser pública traz uma série de vantagens para clientes em termos de governança e transparência de resultados para o mercado. É muito bom para a indústria", comentou Gazzafi à Computerworld.
Quando abrir, no entanto, é uma questão de timming e o nível de empolgação de investidores estrangeiros com o Brasil.
No ano passado, a Tivit fez uma tentativa de nova abertura, mas desistiu por conta de condições não favoráveis no mercado.
Segundo a agência de notícias Reuters, investidores consideraram alto o valor de R$ 4 bilhões de proposto pela companhia. A Apax pagou R$ 1,6 bilhão por 53% da empresa.
Nos últimos tempos, o PagSeguro fez um IPO muito bem sucedido, o que já levou a Stone e a BMG a fazer registros para uma abertura de capital. Todas elas se enquadram no segmento de fintechs, que está em alta com os investidores.
A Tivit é uma empresa de serviços de TI, um segmento menos glamouroso.
De qualquer forma, a companhia acaba de se estruturar em quatro áreas, sendo uma delas pagamentos digitais, responsável por suportar grandes empresas de pagamentos no Brasil, o que coloca a Tivit no centro do mercado em alta.
As outras são plataformas tecnológicas, que inclui o portfólio de infraestrutura; pagamentos digitais; serviços de nuvem, para ajudar clientes em abordagens de nuvem híbrida e a unidade de digital, com foco no uso de tecnologias emergentes.
Além disso, a Tivit tem expectativa de uma retomada do otimismo do mercado com o "efeito Bolsonaro", caso emplaque a agenda de austeridade fiscal e privatizações do governo.
No cargo de presidente executivo da Tivit, Gazaffi controla a gestão do negócio e o relacionamento com áreas de suporte e operações.
Luiz Mattar segue como CEO da Tivit, com “foco na estratégia de crescimento e no relacionamento com os principais stakeholders externos da Tivit”.