Rodrigo Fernandes, gerente de cloud, app e data security da Logicalis. Foto: divulgação.
Cada vez mais, nos preocupamos demasiadamente com desafios que nos são impostos, sejam eles tecnológicos, operacionais e até mesmo relacionados a atividades comumente executadas.
Essa ansiedade para encontrar as respostas certas me traz à mente a história da ponte sobre o Rio Choluteca. Sim, por mais incongruente que possa parecer, há uma relação entre esta construção da década de 90, em Honduras, e a Cloud Security.
Erguida em uma região conhecida por suas condições climáticas extremas, a ponte foi concluída em dois anos por uma empresa japonesa. Considerada uma maravilha da engenharia, graças aos padrões utilizados para conter qualquer evento relacionado à força da natureza, ela foi posta à prova meses depois da inauguração, quando o furacão Mitch devastou, ao longo de quatro dias, tudo ao redor de Honduras.
Tudo, mas não a ponte! No entanto, a estrada que dava acesso a ela “sumiu”, e como se não fosse o bastante, o Rio Choluteca mudou o seu curso, criando um novo canal “ao lado da obra”. Resultado: o projeto havia se concretizado com sucesso, porém, naquele momento, o que existia era uma construção que levava nada a lugar nenhum.
Para quem trabalha com tecnologia, essa história se torna um paradoxo, pois verdadeiramente acreditamos no potencial de transformação que podemos levar aos nossos clientes. Muitos deles questionam qual a rota ideal, tanto no que diz respeito à jornada para a nuvem quanto a infraestrutura, aplicações ou dados.
Mais do que uma resposta pronta, precisamos, antes, avaliar o desafio e sempre pensar na possibilidade de mudança. Queremos, claro, entregar a melhor solução existente, mas, muitas vezes, nos esquecemos de que essas questões também podem sofrer alterações e perder prioridade.
Ou seja, temos que nos concentrar na ponte sim, mas nunca ignorar a possibilidade de o rio abaixo mudar seu curso. Podemos não ter muitas respostas infalíveis, mas os potenciais caminhos a percorrer existem. A seguir, elenco os principais questionamentos que costumo ouvir:
Quais recursos são importantes para o cliente de nuvem híbrida proteger seus dados?
Inicialmente, as empresas precisam identificar e conhecer seus ativos e informações. Há, hoje, soluções de mapeamento e descoberta de dados que podem colaborar nesse processo.
Uma das atividades mais importantes, antes da proteção de dados, é a criação de um catálogo, seguido de um modelo de governança que permita às empresas adotar tais práticas nem seus projetos.
No cenário atual, muitas ações de digitalização concentram-se na habilitação de linhas de negócios, relacionamento com parceiros e clientes, que consomem informações geralmente armazenadas em plataformas legadas e que podem demandar certo nível de entendimento em busca de estratégias comumente discutidas no mercado.
O uso de nuvem simplifica esse processo, porém, requer mais cuidados em relação à proteção de dados, sobretudo quando estamos falando de nuvem híbrida. O uso de soluções de pseudo anonimização, que ajudam as empresas a identificar padrões de comportamento sem individualizar os dados, é outro ponto fundamental, pois garante-se, assim, o atendimento a legislações de privacidade, como LGPD e GDPR.
Quais os principais desafios atualmente?