PagSeguro reagiu, mas não zerou as taxas. Foto: Divulgação.
O PagSeguro, empresa de máquinas de cartão do grupo UOL, vai pagar na hora os lojistas que usarem as maquininhas da empresa nas vendas no débito ou no crédito.
A decisão acontece poucos dias depois do Itaú sacudir o mercado de pagamentos com o anúncio de que vai deixar de cobrar taxas pelo adiantamento do pagamento para os lojistas dos valores de cartão de crédito, quando eles forem clientes do Itaú.
O Itaú, no entanto, ainda demora dois dias para fazer o pagamento.
Em geral, o dinheiro das vendas feitas no débito cai na conta do lojista em um dia. No crédito, as empresas de maquininhas levam até 30 dias para fazer o pagamento. O Itaú, por tanto, encurtou bastante o prazo e zerou a taxa.
Na sua divulgação, o PagSeguro só fala dos prazos. Questionada pelo site Seu Dinheiro, a empresa informou que as taxas seguem, sendo de 1,99% no débito, 4,99% no crédito à vista e 5,59% no parcelado.
A medida do Itaú foi considerada uma “bomba” no setor de adquirência e um “ataque frontal” aos novos entrantes do mercado como Stone e PagSeguro.
Após o anúncio do Itaú, as ações do PagSeguro levaram um tombo de quase 10% na Bolsa em Nova Iorque, onde a empresa fez recentemente uma bem sucedida abertura de capital.
A Stone, empresa independente que ganhou uma fatia de mercado relevante nos últimos anos, caiu mais de 20%, também nos Estados Unidos.
A expectativa agora é saber qual será a cartada da Cielo, controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco e líder do setor, que pode jogar ainda mais para baixo os novos concorrentes.